CESE promove VI Encontro com Agências da cooperação internacional

Após dois dias de escuta e reflexão com os movimentos sociais, nesta segunda e terça-feira, a CESE iniciou o VI Encontro CESE e Agências. A reunião, realizada nos dia 15 e 16 de março, é um momento de partilha e exposição do posicionamento das agências de cooperação internacional diante da atual conjuntura política brasileira.

Stefan Kramer, da agência Misereor, considera o encontro importante para o debate de novas perspectivas. “Nesta situação que vivemos de mudanças políticas e ameaças aos movimentos sociais, acho muito importante este espaço de diálogo amplo entre as agências e grupos populares. Outra questão relevante é podermos criar em conjunto estratégias e trabalhar alternativas com relação às transformações que estão ocorrendo no mundo econômico e ecológico e que afetam diretamente os movimentos sociais”.

Durante as discussões, foram levantados questionamentos quanto à incidência dos grupos populares frente às conquistas de direitos e como a CESE irá, a partir da sua missão, construir estratégias para continuar fortalecendo os movimentos sociais na luta por democracia e justiça.

“A ideia de criar um espaço para os movimentos sociais fazerem propostas para a CESE abraçar é uma forma de demonstrar o compromisso com os grupos populares e deles se veem refletidos na organização. Aqui também é uma oportunidade para as agências ouvirem de perto o que está se passando, qual é a reação que os movimentos sociais estão sentindo frente às mudanças políticas ocorridas e qual o reflexo para as organizações e para as lutas”, pontuou Alexandre Menezes – TDH.

Participaram do encontro representantes da Action Aid, Misereor (Alemanha), Heks (Suíça), Terre des Hommes (Schweiz), Terre des Hommes (Suisse), Brot für die Welt (Alemanha) e Fastenopfer (Suiça).

Para Mathias Fernsebner – Brot für die Welt, o espaço foi importante porque deu voz aos movimentos sociais neste momento de perdas para o país.“A CESE abriu as portas para os atores que estão atuando aqui no Brasil, visto que a situação política é uma ameaça aos direitos humanos e os espaços vão sendo diminuídos para a participação da sociedade civil. Achei muito importantes esses dois dias de diálogo junto a outros parceiros aqui presentes e também à CESE, que é uma grande articuladora das várias causas da luta indígena, pela moradia, pelo direito à terra, entre outras”.

“Acho que foi uma experiência muito rica, não só para mim, mas também para os movimentos sociais que puderam trazer a sua leitura sobre o contexto atual. Para nós da Heks, que estamos em processo de preparação de uma nova fase e por isso de muita escuta, este espaço é muito importante”, finalizou Vicente José – Heks.

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