COMEÇA HOJE A VIGÍLIA DA DIGNIDADE, NO RIO DE JANEIRO.

A sociedade civil brasileira e internacional se mobilizará num período anterior às Olimpíadas, promovendo uma grande VIGÍLIA DA DIGNIDADE, NO DIA 01 DE AGOSTO DE 2016, NO RIO DE JANEIRO.

É uma iniciativa em construção, que pretende ser um marco simbólico para a sociedade civil nacional e planetária. Com uma plataforma comum, aproveitaremos a visibilidade das Olimpíadas para afirmar a dignidade dos seres humanos e do planeta Terra e a defesa dos direitos humanos.

Esta iniciativa partiu do diálogo entre o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), o Unicef e a organização The Peoples Movement for Human Rights Learning (PDHRE). Hoje somos muito mais vozes que assinamos esse chamado.

Globalmente e no Brasil diversos atores enviarão de diferentes países e territórios suas “Tochas da Dignidade” que se somarão à Tocha na Vigília da Dignidade, ponto de acolhida de todas as expressões, no Rio de Janeiro.

Venham ao Rio de Janeiro, Brasil, se juntar a esta mobilização. Por visibilidade para as causas que os detentores de poderes querem ocultar.
Com a Terra, nosso planeta, nossa casa comum, clamaremos por Justiça para além de Direitos!

Com quem luta pelo fim da exploração sem fim dos recursos do Planeta e seu corolário de desastres e tragédias, celebraremos que tudo é dom e bem comum. A solidariedade será nossa afirmação, na contramão das grandes corporações transnacionais, empresas para quem o lucro e o mercado são sagrados intocáveis e tudo é negócio: terra, trabalho, água, ar, minérios, a vida nas cidades, a vida no campo, tudo enfim.

Celebraremos a vida que não está à venda! Em oposição aos Estados e organismos multilaterais que se aliam aos senhores das finanças; agiotas globais, que só se sustentam pelo poder bélico de fazer guerras de interesses vis, matando inocentes, alimentando monstros, disseminando terror.

Serão nossas também as mãos de quem planta o que comemos sem agrotóxicos e transgênicos nos territórios que ocupam, produzem e resistem. Que enfrentam o poder do latifúndio e do agronegócio, sonhando com o dia que não mais serão Sem-Terra, Atingidas e Atingidos por Barragens e tantas vidas mais no campo, a semear para toda gente um futuro de direito à água, às florestas e às terras de viver. Assim como a força dos Povos remanescentes quilombolas e Povos Indígenas que lutam contra a sua destruição e genocídio.

Declararemos um novo mundo onde crianças e idosos terão acesso às condições necessárias para uma vida plena e livre, pois saúde, educação, esporte, cultura, lazer e saneamento básico não serão privilégios de poucos, ao contrário, serão de livre acesso.
A abundância e o trabalho para todas as pessoas alimentarão nossa chama comum, a queimar todas as formas de precarização, exploração de trabalhadoras e trabalhadores e suas novas formas de escravidão.

Só haverá povos visíveis e expostos: estrangeiros, migrantes homens e mulheres unidas, a negar a xenofobia e o racismo e a afirmar nossa condição comum. Vamos nos juntar às mulheres, aos e às LGBT’s, contra as inúmeras formas de violência e violações dos seus direitos, especialmente os sexuais e reprodutivos na certeza de que o amor lança fora todo o medo e exige o respeito coletivo!

Reafirmaremos a reinvenção dos valores que fundam a permanente vontade de mudança contra qualquer onda conservadora, nas sociedades e nos Estados. À humanidade só interessa Estados laicos, democráticos e de direitos!

De mãos dadas com a liberdade diremos um sim à superação das intolerâncias religiosas e de todas as formas de Racismo: especialmente o que se volta contra as populações negras, indígenas e tradicionais.

Nós com as juventudes não seremos só futuro. Seremos juventudes e seus direitos hoje. Jovens lutadoras e lutadores agora, a disputar o sentido do futuro. Um hoje e um amanhã: por comida, lazer, arte e alegria. Pelo fim dos genocídios – em especial da juventude negra.

Seremos visíveis contra toda invisibilidade, valendo-nos dos Jogos Olímpicos, sob os olhares de bilhões ao redor do mundo! Clamaremos para além dos jogos governamentais, que é no âmbito da sociedade civil, em cada país, e da Sociedade Civil Planetária, que se podem afirmar as vontades contagiantes positivas dos 99%, contra toda desigualdade e privilégios dos 1% que se mantiverem insensíveis à divisão da riqueza produzida pela grande maioria.

Vamos ouvir as vozes das populações deslocadas (refugiadas, pelas guerras, pelo modelo de desenvolvimento para poucos), das mulheres, das crianças, das diversas orientações sexuais e identidades de gênero, dos negros e negras, dos povos indígenas, dos amantes das cidades e do campo, dos que têm fé e dos que não têm, daquelas pessoas mobilizadas em movimentos sociais… Não somos só vítimas! Somos portadoras e produtoras de direitos, e queremos construir o futuro. SOMOS DIGNIDADE, cada ser dessa viagem tripulada em NOSSA CASA COMUM em torno do Sol.

Venham conosco para o RIO em 2016! Vamos compartilhar os verdadeiros legados construídos com as nossas mãos e vontades. Nessa cidade repartida para os interesses de negócios olímpicos privados. Estaremos lado a lado, pelo interesse público e o bem comum, pelo sentido último de que Todo Mundo tem Direitos, de que a cidade é nossa para um futuro sem fronteiras entre pobres e ricos.
Sejamos no RIO a revelação de que o Espírito, que deveria ser olímpico, de Paz entre os Povos, de Dignidade e de Direitos, está em nossas mãos civis e nossa vontade de responsabilidade pelo futuro. Estaremos criticamente a observar a metáfora olímpica grega de jogos pela paz, de alma vendida para negócios de milhões num mundo de guerras.

Vamos realizar os jogos amorosos que podem sustentar nosso futuro. Vamos ser visíveis, vamos dar aos solidários a oportunidade de também partilharem da onda que criarmos como Sociedade Civil. Que cada um e cada uma possa dizer de si “EU SOU DIGNIDADE”, e do futuro, que possamos nos opor contra toda a desesperança, elitismos e preconceitos, dizendo-nos SOMOS DIGNIDADE!

A criatividade será nosso chão, a esperança nosso alimento, a solidariedade nossa força, vamos inventar juntas e juntos nossa visibilidade nas Olimpíadas, pela Dignidade em 2016!

Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE)
Conselho Mundial de Igrejas (CMI)
The Peoples Movement for Human Rights Learning (PDHRE)
Unicef
Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG)
Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB)
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB)
Articulação para o Monitoramento dos DH no Brasil
Associação de Comunidades Remanescentes de Quilombos do Estado do Rio de Janeiro (Acquilerj)
Brahma Kumaris
Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR)
Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP)
Centro Lúdico da Rocinha
Comissão Pastoral da Terra
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) – Rio
Diocese Anglicana do Rio de Janeiro
FASE
Fórum Ecumênico ACT Brasil
Fé Baha´’í
Fórum Social Mundial 2016
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase)
Instituto de Estudos da Religião (ISER)
KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço
Levante Popular da Juventude
Movimento Humanos Direitos (MHuD)
Movimento Inter-Religioso (MIR)
Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH)
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Observatório de Favelas
PAD – Articulação e Diálogo Internacional
Pastoral do Meio Ambiente da Arquidiocese do Rio de Janeiro
Programa de Formação e Educação Comunitária (Profec)
Rede Ecumênica da Juventude (REJU)
Via Campesina

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