Debate sobre gênero norteia Encontro Anual de Parceiros da HEKS Brasil
Entre os dias 29 de abril e 1º de março, aconteceu em Salvador (BA) o Encontro Anual de Parceiros da HEKS Brasil. A reunião teve como objetivos: atualizar informes sobre a política da instituição; melhorar a compreensão sobre o Ciclo de Gestão do Programa País (soma dos projetos apoiados no Brasil) e das iniciativas das organizações parceiras; identificar desafios e definir acordos de ação articulada entre as parceiras em torno das temáticas centrais do Programa País em nível nacional e regional (latino-americano).
Outra meta do evento foi debater e definir uma estratégia de gênero para o conjunto dos parceiros no cerrado. Tendo em vista essa necessidade, o encontro foi organizado junto a CESE, que facilitou formação na área. “O exercício dessa oficina proporcionou uma compreensão sobre o que significa uma abordagem de gênero dentro dos projetos e também já deu vários elementos para uma política institucional para gênero em cada organização”, avalia Vicente José Puhl, diretor do Programa País. Vicente também destaca que o encontro foi relevante para que se tenha uma definição de orientações no campo, tendo em vista que o Programa terá orientações para o conjunto de parceiros. “Tivemos uma boa arrancada nisso”, coloca na balança.

Marilene Alves de Souza, coordenadora do Centro de Agricultura Administrativa do Norte de Minas (CAA-NM)
“Foi um momento importante de aprofundarmos e sairmos mais convencidos de que a temática de gênero deve perpassar toda a nossa ação institucional, sejam as ações em rede, seja na base. Esses dias demonstraram, a partir do cada parceiro apresentou, que nós podemos melhorar e aprimorar o que nos já estamos fazendo”, sinaliza direções Marilene Alves de Souza, coordenadora do Centro de Agricultura Administrativa do Norte de Minas (CAA-NM).

Zaira Moutinho, coordenadora da Comissão em Defesa dos Direitos das Comunidades Extrativistas (CODECEX)
Zaira Moutinho, coordenadora da Comissão em Defesa dos Direitos das Comunidades Extrativistas (CODECEX), termina a formação com a sensação e percepção de que existe um esforço coletivo em torno da questão de gênero. “Nesse debate ficou muito claro que a gente precisa tratar das especificidades com mais cautela – quem está trabalhando com indígenas, com comunidades tradicionais, sejam apanhadores de flores, sejam quilombolas, ribeirinhos. A gente precisa compreender que não se trata apenas do processo de formação, mas também de elaboração a partir desses contextos específicos. Não dá pra chegar com algo pronto para se discutir gênero”, pondera a coordenadora do CODECEX.