Eliana Rolemberg recebe título de cidadã baiana em sessão especial na Alba

No mês da mulher, a CESE parabeniza Eliana Rolemberg pelo trabalho e dedicação na luta a favor dos Direitos Humanos no Brasil. Como reconhecimento ao empenho no estado, a paulista receberá o título de cidadã baiana das mãos da deputada estadual Neusa Cadore, no dia 16 de março, às 9h na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
A socióloga, que integrou por 30 anos a equipe de assessoria da CESE, será homenageada durante sessão especial sobre “Democracia e Direitos Humanos”, no Plenário da Assembleia. Outras organizações ligadas ao tema também participarão do evento.
Em poucas palavras, Eliana ressalta a alegria de poder receber o título na região que escolheu para viver. “Eu me sinto feliz porque, desde meu engajamento na política universitária, em São Paulo, tive especial atração pelo Nordeste, seu povo, sua cultura, suas lutas”.
Em sua trajetória de vida, a homenageada destaca que assegurar os Direitos Humanos e a defesa da democracia sempre foi sua prioridade. “Estes dois temas nortearam meu engajamento nas áreas em que atuei e atuo. Essa opção exigiu compromisso, resistência, enfrentamento de condições precárias, de ameaças de morte e a repressão na ditadura militar. Esta escolha exige muitas vezes abdicação de realizações pessoais em favor da luta por transformações estruturais que garantam a realização dos direitos para todos e todas”.
Eliana finaliza com a certeza que os desafios para a igualdade no país ainda não acabaram. “O momento que vivemos hoje traz à tona muitas lembranças das dificuldades enfrentadas em anos de total falta de democracia e mostra a necessidade de reforçar compromissos diante das perdas de direitos conquistados com tanta luta, sofrimento e com muita pressão popular”.

Sobre Eliana Bellini Rolemberg
Socióloga, pela PUC-SP. Durante a ditadura militar, nos anos 70/71, foi presa política e posteriormente exilada na França até 1979, onde trabalhou junto à Divisão da Juventude, da UNESCO e foi do Setor de Migrantes e Refugiados do Serviço Civil Internacional-SCI, seção francesa. De volta ao Brasil, trabalhou na CPT- Comissão Pastoral da Terra secretariado regional Bahia e Sergipe- 1979/1983. Integrou, desde 1983, a equipe de assessoria da CESE- Coordenadoria Ecumênica de Serviço, até o ano de 2013. De 2000 a 2013 foi a Diretoria Executiva da organização. Membro do Conselho Fiscal do CLAI- Conselho Latinoamericano de Igrejas- Regional Brasil. Membro do Comitê Facilitador da Plataforma das OSC por um novo Marco Regulatório. Desde o final de 2011 integrou, em representação do CLAI, o Grupo de Trabalho instituído pelo Decreto 7.568, de 16.09.2011, e coordenado pela Secretaria Geral da Presidência da República, para, entre outros pontos, definir um novo Marco Regulatório da relação das organizações da sociedade civil com o governo. Além da participação no Comitê Facilitador da Plataforma OSC, representa a CESE e o CLAI no Coletivo Inter-religioso para o MROSC, o qual congrega representantes de diferentes denominações religiosas. Também representa a CESE no Conselho Consultivo da Frente Parlamentar Mista em Defesa das OSC.
Em dezembro de 2015, em representação da CESE, compôs o Grupo de Trabalho entre governo e organizações da sociedade civil do estado da Bahia para construção da minuta de decreto de regulamentação da Lei 13.019/2014. Participa da Coordenação Colegiada da Plataforma MROSC BA. Ocupa a suplência do CONFOCO- Conselho de Fomento e Colaboração, pelo segmento Defesa de Direitos. Compõe, atualmente, a diretoria do ELO – Ligação e Assessoria e o representa na ABONG como direção estadual; também compõe a diretoria do CEAS- Centro de Estudos e Ação Social, na gestão de 2017-2019, como Diretora Administrativa. Define-se como militante dos Direitos Humanos.

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