Encontro discute planejamento e estratégias na mobilização de recursos

Organizações de atuações diversas (entre elas cultura, defesa dos direitos das mulheres, agricultura familiar, infância e juventude e combate à seca) se reuniram em Salvador, entre 6 e 8 de agosto, para participar da Oficina de Mobilização de Recursos promovida pela CESE. Mais de 30 representantes de grupos dos Estados do Ceará, Maranhão, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Bahia aprimoraram estratégias de estabelecimento e manutenção de parceiros, apoios e patrocínios, de olho na garantia da sustentabilidade de organizações da sociedade civil.

“Diferentemente da captação, com a mobilização a comunidade pode perceber como ação é importante para ela de maneira geral. Com boa estratégia de comunicação, é possível conseguir adeptos de maneira mais politizada, sensibilizar a sociedade e estimular a cultura de doação”, pontua a facilitadora Lucyvanda Moura, que é assessora de formação da CESE.

A exposição dialogada sobre conteúdos e vivências em mobilização de recursos e opções de uso de ferramentas de comunicação (mídias, redes sociais e novas tecnologias) foi combinada com atividades práticas.

Entre as ações, os participantes foram convidados a defender causas fictícias: tudo para experimentar como a oratória, combinada com o máximo de informações possíveis e a delimitação do público-alvo, influencia na decisão do doador. Os participantes também foram instigados a mapear suas redes de contato, para que cada grupo tenha ideia das articulações que podem trocar e acessar em parceria.

“É um outro horizonte. Nessa oficina, se abre patamar muito grande para atingir potenciais doadores. São muitas ações que a gente pode desenvolver, mas no cotidiano a gente nem percebe”, avalia Jonatas Cerqueira Melo, do Clube de Mães da Comunidade do Sítio do Ceilão, em Santanápolis (BA). A aplicabilidade direta do conteúdo do encontro se deu porque nessa edição estiveram presentes organizações que já estão com projetos em tramitação na CESE no Programa Ação para Crianças. “Com a oficina, grupos puderam refletir sobre o planejamento que já trouxeram e reelaborar alguns pontos para que o projeto chegue mais redondo”, emenda Lucyvanda.

Patrícia Austin, do Acesso (Instituto Arte, Cidadania, Educação, Saúde e Solidariedade), destaca que a oficina é importante para evitar o erro de outras pessoas. “A gente não comete mais equívocos também por meio do compartilhamento de outras experiências. Fizemos um show agora na época da Copa do Mundo em Fortaleza [CE] e planejamentos uma coisa maravilhosa com o comércio local, fizemos uma megaestrutura. Só não contávamos com a Fan Fest, que esvaziou tudo”, relembra, solidificando o aprendizado.

Para encerrar o evento, os participantes se posicionaram em roda, estendendo e dando a mão ao seu colega seguinte, mas mantendo a outra mão encaixada na do seu outro companheiro ao lado: uma dinâmica de grupo que deixou todos conectados ao final. “Na sociedade em que vivemos, é coletivamente, em rede, que temos potencial de promover transformações”, concluiu a participante Nubia Santana de Jesus, da Comunidade do Deus Dará, de Laje (BA).

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *