Exposição Memória Lélia Gonzalez homenageia feminista no Palácio Rio Branco

Para fortalecer a herança deixada por Lélia Gonzalez, intelectual e feminista negra brasileira, pioneira nas críticas brasileiras ao feminismo hegemônico nos anos 80, o NUGSEX DIADORIM – Núcleo de Estudos sobre Gênero, Raça/Etnia e Sexualidade da Universidade do Estado da Bahia (UNEB)  lança, no próximo dia 5 de maio, às 18 horas, a exposição Memória Lélia Gonzalez, no Palácio Rio Branco, em parceria com a SECULT/BA.

A mostra ficará aberta para visitação até o dia 7 de maio. Na oportunidade, ocorrerá a apresentação da nova coordenação de DIADORIM, formada pelas professoras Amélia Tereza Maraux, coordenadora, e Cláudia Pons Cardoso, vice-coordenadora.

A exposição é constituída por 16 paineis (que contam a trajetória política e intelectual de Lélia Gonzalez) e foi doada ao NUGSEX DIADORIM pele Rede de Desenvolvimento Humano (REDEH/RJ). No lançamento, haverá a exibição de um vídeo documentário (Memória Lélia Gonzalez, com participação de ativistas brasileiras, produzido pela REDEH/RJ), seguida de uma mesa que contará com a presença da professora Lindinalva Barbosa (ativista e pesquisadora, Salvador- Ba) e Antonia Ceva, representante da REDEH, e mediação da ativista negra e professora adjunta da UNEB, Cláudia Pons Cardoso.

Ainda no lançamento da exposição, haverá distribuição do livro Lélia Gonzalez: o feminismo negro no palco da história (REDEH) para os presentes. O NUGSEX DIADORIM pretende disponibilizar a mostra para outras ações, em escolas públicas, tanto da rede municipal como estadual e, também, nos campi da UNEB. Para isso, basta os\as interessados\as fazerem a solicitação ao núcleo. A mostra deverá percorrer alguns campi durante a campanha de 16 dias de ativismo na UNEB pelo fim da violência contra as mulheres realizada, anualmente por DIADORIM.

A coordenação do NUGSEX DIADORIM informa que a exposição Memória Lélia Gonzalez, se associa às ações voltadas para a divulgação do pensamento de Lélia Gonzalez. Nos últimos anos, as idéias de Gonzalez têm sido tema de livros, dissertações, teses e artigos publicados no Brasil e no exterior. Afinal, foi o pioneirismo de Lélia Gonzalez que desnudou e apontou para a necessidade do movimento feminista hegemônico identificar e respeitar as diferenças dentro do universo feminino, diferenças essas demonstradas pelas trajetórias de resistência das mulheres ao patriarcado, evidenciando, com isto, as histórias das mulheres negras e indígenas, no Brasil, na América Latina e Caribe.

A partir desse ‘alerta’, Lélia Gonzalez desenvolveu inúmeros escritos acerca da situação de exclusão e discriminação a que estavam submetidas as mulheres negras, tanto as brasileiras quanto as dos demais países latino-americano. Ela defendia uma articulação entre as categorias de raça, classe, sexo e poder, para segundo ela, desmascarar “as estruturas de dominação de uma sociedade”. Lélia Gonzalez também se destacou ao propor a descolonização do saber e da produção de conhecimento através do questionamento da insuficiência das categorias analíticas das Ciências Sociais para explicar, por exemplo, a realidade das mulheres negras.

Lançamento – 05.05.2015, às 18 horas

Local – Palácio Rio Branco, Praça Municipal, s\n, Centro Histórico, Salvador – Bahia (em frente à Câmara Municipal).

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