VI Encontro CESE Movimentos Sociais
“Mas é preciso ter força, é preciso ter raça” – Ao som de “Maria, Maria”, representantes de grupos populares de várias partes do país iniciaram o VI Encontro CESE e Movimentos Sociais, nesta segunda-feira (13), em Salvador. O primeiro momento foi marcado pela mística organizada pelos participantes, que trouxeram bandeiras e objetos que simbolizam suas lutas por direitos.
O encontro bianual, que acontece desde 2005, tem como objetivo formatar um espaço de diálogo permanente entre a CESE e os movimentos sociais– para além das relações no âmbito do Setor de Projetos. O espaço possibilita que os movimentos acompanhem e incidam em momentos-chave do trabalho da CESE, que são os processos de planejamento e monitoramento.
Grupos ligados ao movimento indígena e indigenista, campo/mineração, mulheres, populações tradicionais, juventude, urbano, ecumênico, ambientalista, semiárido e organizações de direitos humanos, economia solidária e comunicação participaram do encontro.
Conjuntura política
Divididos em grupos, as/os participantes discutiram e listaram os principais desafios do atual momento político para a conquista de direitos no país. Entre eles, a criminalização dos movimentos sociais, o posicionamento do Judiciário brasileiro e as violações de direitos humanos. Os movimentos sociais também tiveram espaço para apresentar suas demandas e inquietações à equipe da CESE.
A partir dos insumos oferecidos pela CESE, os grupos apresentaram propostas e afirmaram a relevância da atuação da instituição na defesa e afirmação de direitos. O encontro subsidia outro momento de diálogo entre a CESE e as Agências de Cooperação, que acontece a partir de quarta-feira (15).
O encontro irá embasar o trabalho da CESE, tendo em vista sua missão de fortalecer grupos populares e construir estratégias de trabalho com os movimentos sociais.
Debate público
Este ano, a CESE inseriu na programação do evento o debate público ” Democracia e Direitos sob ataque: um olhar dos movimentos sociais’, com a participação de todo o grupo com outras representações sociais locais. O evento, que aconteceu na noite desta segunda (13), reuniu cerca de 250 pessoas no auditório do Museu de Arte da Bahia.