Vigília das Pretas marca início das mobilizações de ativismo pelo fim da violência contra a mulher

Registrando o começo das mobilizações dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, a Rede de Mulheres Negras da Bahia, em parceira com a CESE, realizou na última sexta-feira (21) a Vigília das Pretas, no Dique do Tororó, em Salvador (BA). O objetivo da campanha é promover o debate e denunciar a violência contra as mulheres.

O evento reuniu além das articuladoras da Rede, pessoas que se sensibilizam com a causa e enxergam a necessidade de ações de conscientização da sociedade para uma realidade que vitima milhares de mulheres brasileiras todos os anos. Pares de sapatos ligados a uma bola branca, espalhados pelo Dique, representavam os casos de feminicídios.

“O sapato feminino simboliza cada uma das mulheres que não está mais aqui conosco. Elas estão sendo lembradas e continuamos lutando pelas mesmas causas que ela, embora muitas delas nem soubessem que existe essa vertente do movimento da sociedade que está aqui preocupada com a causa pela qual muitas delas foram mortas”, explica Sueli Santos, articuladora do Grupo de Mulheres do Movimento Negro Unificado.

Segundo o Instituto da Mulher Negra, Odara, pesquisas do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) indicam que iniciativas como a aprovação da Lei Maria da Penha têm sido importantes para ampliar as denúncias e punição dos crimes de violência contra as mulheres, que ainda são crescentes em todo o país.

Apesar disso, entre 2001 e 2011, estima-se que cerca de 50 mil mulheres foram vítimas de homicídio cometido pelo parceiro ou ex-parceiros no país, dos quais 50% com o uso de armas de fogo. Ainda de acordo com o instituto, o perfil das principais vítimas do feminicídio são negras e jovens.

Até o mês de dezembro, palestras, debates, eventos, encontros e ações de mobilização farão parte da Campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher.

Confira mais fotos do evento aqui.

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