O Ato dos/as Mártires da Floresta Amazônica acontecerá no Auditório Benedito Nunes – Campus Guamá da UFPA – no dia 29 de julho a partir das 15h30 e se propõe a abordar o martírio, não como memória resignada, e sim como elemento permanente de resistência e de inspiração nas lutas de hoje.
Diversas entidades, pastorais, grupos e movimentos que lutam em defesa da vida e da Amazônia a partir de sua fé e espiritualidade se organizaram para propor, no X FOSPA, um grande evento em memória dos/as mártires. A coordenação deste evento está sob a condução do Tapiri Ecumênico Inter-religioso, que é formado por: Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE, Fórum Ecumênico ACT Brasil – FEACT, Processo de Articulação e Diálogo – PAD, CONIC, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, Conselho de Missão entre Povos Indígenas – COMIN, Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Comitê Inter-religioso do Estado do Pará, Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira – CENARAB, Comitê Dorothy, Conselho Amazônico de Igrejas Cristãs – CAIC, Comissão Pastoral da Terra – CPT, Igreja de Confissão Luterana – Belém, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil – Belém, Koinonia Presença Ecumênica, Rede Eclesial Pan- Amazônica – REPAM, Rede Igreja e Mineração, Rede Amazonizar com apoio da Fundação Ford.
O Ato homenageará vinte mártires dos países da Pan-amazônia e dos estados da Amazônia brasileira, homens e mulheres que dedicaram suas vidas em defesa da floresta. Uma homenagem especial também será feita aos povos indígenas, os grandes mártires da Amazônia.
A programação inclui cantos indígenas, homenagens aos mártires da floresta e às vítimas da Covid-19. Haverá tambores, cantos e cada país da Pan-Amazônia apresentará estandartes dos mártires de seus países e exibição de vídeos sobre a vida destes mártires. Ao final, será celebrada a esperança, com música e será lançada a publicação Mártires da Floresta Amazônica.
O ato trará um conceito mais amplo sobre quem são os mártires, para Padre Dário Bossi, atual coordenador provincial dos Combonianos no Brasil e assessor da Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM-Brasil, “Não serão celebrados somente mártires (mulheres e homens) ligados a uma ou outra igreja: queremos resgatar, muito mais amplamente, pessoas que deram a vida pela Amazônia”, complementando que “não consideramos apenas pessoas individuais: há comunidades inteiras que são mártires, no sofrimento e na aniquilação, e na organização e na resistência”.
Para a pastora, Sônia G. Mota, pastora presbiteriana e Diretora Executiva da Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE, muitos são os mártires a serem celebrados, mas não podemos deixar de reconhecer que: “Os povos indígenas são os verdadeiros mártires da Amazônia. Importantes defensores da floresta, os povos originários foram não apenas os primeiros habitantes da região, mas são também as maiores vítimas da guerra global, não declarada contra a natureza”.
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