Ilustração: Mônica Santana

O mês de junho chega trazendo as festas juninas e também o aniversário da CESE que este ano comemora 48 anos.  Momento de gratidão e recordação da nossa história de fé e compromisso com a defesa de direitos dos grupos e segmentos mais vulneráveis e fragilizados da nossa sociedade. E este compromisso de desenvolver um trabalho diaconal junto aos movimentos e organizações populares voltado para promoção, defesa e garantia de direitos, é atualizado e renovado a cada ano.

Com a pandemia ainda em curso e com o agravamento das desigualdades históricas do país, a CESE segue na árdua e urgente luta pelos direitos humanos em toda sua amplitude reafirmando o importante papel dos pequenos projetos, dos diálogos e das articulações e das ações de incidência.  Atenta ao contexto de crise humanitária que tem impactado a sociedade brasileira pela falta de coordenação para conter a atual pandemia,  pelas queimadas ou pelas enchentes no norte do Brasil, a organização se mobilizou para dar uma resposta ágil de forma a contribuir para o atendimento emergencial das famílias em situação de vulnerabilidade alimentar e sanitária

Mesmo diante de tantos desafios, a força que a CESE recebe através do apoio de organizações e agências parceiras, de pessoas amigas, dos movimentos populares com os quais atua e da presença constante das igrejas membro, tem sido um grande incentivo para seguir em frente.

Ao olhar para trás vimos que tudo valeu à pena! Quantas mãos, corações, cabeças e pés se envolveram para construir, com a força e a ternura da Divina Ruah, as memórias que hoje recordamos e que nos fazem seguir adiante com as alegrias e os desafios do nosso tempo.

A nova presidenta da CESE, Pastora Helivete Bezerra, da Aliança de Batistas do Brasil (ABB), faz reflexão para as próximas jornadas: “Lembrando as palavras do poeta e cantor dessa terra, Raul Seixas, “Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade”. Nesses tempos sombrios em que querem nos tirar tudo, inclusive a capacidade de sonhar, que sigamos ousadamente sendo resistência, anunciando que morte nunca terá a última palavra – mas sim penúltima – a palavra definitiva sempre será a vida, e vida em abundância.”.

CESE 48 anos de caminhada ecumênica profética e solidária por democracia, justiça e dignidade da pessoa humana.

Ilustração: Mônica Santana