A Pandemia COVID-19 que assola o mundo, já considerada como uma das maiores crises humanitárias da atualidade, recoloca outra vez no centro das discussões o tema dos direitos humanos e a defesa da vida.
O estado de calamidade global redirecionou o nosso olhar e o nosso agir e exigiu urgência na tomada de decisões. Embora seja uma pandemia que ameaça a vida de todas as pessoas, ela impacta com muito mais força grupos e populações que já enfrentam as desigualdades sociais, econômicas e raciais e que vivem em constante vulnerabilidade: as populações que têm seus direitos básicos negados, cujo acesso aos serviços de saúde e saneamento, garantia do direito à alimentação e segurança alimentar estão seriamente comprometidos.
A CESE continua apoiando iniciativas do movimento popular que expressam a luta pela resistência e pela garantia de direitos, mas agora priorizando iniciativas de caráter emergencial e humanitário no combate ao avanço do corona vírus.
Reunimos aqui algumas ações da CESE de apoio a projetos, notas e pronunciamentos, campanhas e notícias realizadas desde o início da pandemia.
** Baixe AQUI o pdf de alguns destaques do trabalho da CESE em 2020 no contexto da pandemia.
Publicação digital ( Campanha Primavera para a Vida 2020) : “As fomes do povo e as partilhas do reino de Deus em tempos de pandemia – ‘Porque tive fome, e me destes de comer’ (Mt 25.35a)” |
CNBB – PACTO PELA VIDA E PELO BRASIL |
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“A falta da demarcação de nossos territórios, em um momento de pandemia, nos deixa ainda mais vulneráveis. Precisamos de políticas preventivas, ajuda humanitária e políticas efetivas de proteção ambiental para evitar as invasões, que são fontes constantes de contaminação de doenças para os territórios”. (Sonia Guajajara – APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) |
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“As mulheres negras serão afetadas e poderão fazer parte da estatística de disseminação. Os efeitos socioeconômicos serão drásticos na vida dessas mulheres, pois são maioria que trabalha no serviço doméstico, microempreendedorismo, serviços autônomos e assalariados e que não tem opção do “home office.” (Maria Malcher – Centro de Estudo e Defesa do Negro no Pará) |
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“Nossa preocupação se volta para a proximidade com os grandes centros. É um perigo muito grande ter que ir lá para comercializar produtos. Se o vírus chegar nas comunidades, a gente teme a precariedade do sistema público de saúde, principalmente no Estado do Pará.” (Valéria Carneiro – MALUNGU, Pará) |
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“A pandemia já chegou nas comunidades indígenas. E neste momento estamos passando por vários problemas: medo por causa da nossa vulnerabilidade, falta de acesso a alimentos e precarização da saúde.” (Cassimiro Tapeba – Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo) |
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“Mulheres, sobretudo as mulheres negras, que vivem de forma precarizada e que já lutam com muito sangue e suor no trabalho informal estão à deriva no cenário de pandemia. O isolamento é necessário, mas não garante o mínimo de sobrevivência dessas pessoas.” (Juliana Santos – Movimento Sem Teto da Bahia) |
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“Ao nos apoiar, a CESE estimula outras organizações a apoiarem o MPA ou outros movimentos sociais do campo a disporem de seus produtos, fazendo com que eles cheguem na mesa de quem mais precisa.” (Leomárcio Araújo – Movimento dos Pequenos Agricultores -MPA) |
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”A CESE vem praticando o maior ato de solidariedade nesse momento em que muitas famílias em nossas Comunidades sofrem por não possuírem pelo menos o básico para sua sobrevivência, pois a fome não espera.” (Zica Oliveira- Central dos Movimentos Populares do Rio de Janeiro) |
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“Foi através da CESE que conseguimos minimizar, na vida de muitas pessoas, os impactos negativos causados pela pandemia do COVID-19. Tanto na entrega de medicações e informações sobre os serviços de saúde, bem como, dizendo um SIM ao pedido de ajuda alimentar e outras necessidades básicas.” (Ana Pereira – Associação Caririense de Luta Contra HIV/Aids) |
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“O apoio da CESE nos possibilitou doar 270 cestas básicas com mais de uma tonelada de alimentos não perecíveis e produtos de higiene, álcool em gel e máscaras de proteção. É uma doação que nos impulsiona a continuar na certeza de que essa empreitada de garantia de direitos e dignidade precisa ser um compromisso de todas, todos e todes cotidianamente” (Naiara Gomes – Marcha do Empoderamento Crespo) |