Dossiê Agro é Fogo: Como os incêndios afetam a saúde mental das comunidades

 Janeiro é o mês de atenção à saúde mental. Mas será que as comunidades e povos tradicionais têm esse direito frente a perversidade dos incêndios do agronegócio?

No Dossiê AGRO É FOGO, várias denúncias apontam que saúde mental é urgente e precisa ser garantida junto ao respeito aos modos de vida das comunidades. No Território Jaqueira, no Maranhão, temos casos de adoecimentos de mulheres camponesas com depressão e outras dores ocasionadas pelo processo desgastante contra o império do agronegócio. Trauma, depressão, abalo emocional, fome, desesperança, insegurança física e da posse da terra, o surgimento de doenças físicas e psicológicas, o medo de ter a casa queimada, terra envenenada, a preocupação constante diante de nenhuma garantia efetiva de se manter com vida, em comunidade e no território produtivo, são aspectos que rondam os povos e comunidades tradicionais.

Sobre a Articulação AGRO é FOGO

A articulação Agro é Fogo reúne movimentos, pastorais e organizações sociais, entre elas a CESE, que atuam há décadas na defesa da Amazônia, Cerrado e Pantanal e dos direitos de seus povos e comunidades. Surgiu enquanto articulação como reação aos incêndios florestais que assolaram o Brasil nos últimos dois anos. Do infame Dia do Fogo em 2019 aos incêndios que devastaram o Pantanal em 2020 e 2021, assistimos atônitos a um governo que mente sobre as causas e sobre sua própria responsabilidade no ocorrido. Nos move não somente a necessidade de qualificar o debate público. Mas sobretudo ir além das imagens de satélite e números de desmatamento, trazendo a dimensão do que é vivido no chão da floresta e dos sertões.

Ouça o alerta que vem dos povos! Saiba mais no Dossiê Agro é Fogo: www.agroefogo.org.br