<a href="https://www.cese.org.br/encontro-anual-do-feact-debate-fundamentalismos-e-pandemia/"><strong>Encontro anual do FEACT debate fundamentalismos e pandemia</strong></a>
14 de agosto de 2020
Representantes de organizações que integram o Fórum Ecumênico ACT Brasil (FEACT) participaram, nos dias 11 e 12 de agosto, do Encontro Nacional do coletivo. Em função da pandemia, ele foi realizado todo de maneira online. A secretária-geral do CONIC, pastora Romi Bencke, participou.
Primeiro Dia: os desafios dos fundamentalismos
O primeiro dia de Encontro contou com a exposição da professora Dra. Magali do Nascimento Cunha. Metodista, ela falou sobre fundamentalismos, crises da democracia e ameaças aos direitos humanos na América do Sul, apontando tendências e desafios para a ação. Magali atua, entre outras frentes, no Coletivo Bereia, agência que checa a veracidade de fatos publicados em mídias religiosas e em mídias sociais brasileiras que abordem conteúdos sobre religiões e suas lideranças no Brasil e no exterior.
Segundo Dia: fortalecendo grupos populares durante a pandemia
No segundo dia, o foco foi ouvir os participantes sobre como a pandemia está afetando cada uma das organizações que integram o FEACT. Em comum, todos falaram sobre os desafios do trabalho remoto, adaptação das rotinas e os desafios do “universo online”.
Algumas também apontaram para a necessidade da readequação dos projetos, redirecionando alguns recursos para ações de emergência e o fortalecimento de grupos populares.
Quilombo Campo Grande foi outro tema que tomou conta de parte das discussões desse dia, culminando com a publicação de uma nota de solidariedade às famílias que, em plena pandemia, estão sofrendo despejo de uma área onde, há 20 anos, produzem alimentos saudáveis, como o café orgânico Guaií.
Próximo encontro
Foi marcado mais um Encontro do FEACT para este ano. Será no dia 8 de outubro.
Por CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
VEJA O
QUE FALAM
SOBRE NÓS
Comecei a aproximação com a organização pelo interesse em aprender com fundo de pequenos projetos. Sempre tivemos na CESE uma referência importante de uma instituição que estava à frente, na vanguarda, fazendo esse tipo de apoio com os grupos, desde antes de outras iniciativas existirem. E depois tive oportunidade de participar de outras ações para discutir o cenário político e também sobre as prioridades no campo socioambiental. Sempre foi uma troca muito forte.
A relação de cooperação entre a CESE e Movimento Pesqueiro é de longa data. O apoio político e financeiro torna possível chegarmos em várias comunidades pesqueiras no Brasil para que a gente se articule, faça formação política e nos organize enquanto movimento popular. Temos uma parceria de diálogos construtivos, compreensível, e queremos cada vez mais que a CESE caminhe junto conosco.
Ao longo desses 50 anos, fomos presenteadas pela presença da CESE em nossas comunidades. Nós somos testemunhas do quanto ela tem de companheirismo e solidariedade investidos em nossos territórios. E isso tem sido fundamental para que continuemos em luta e em defesa do nosso povo.
Há muito a celebrar e agradecer! Nestes anos todos, a CESE tem sido uma parceira importantíssima dos movimentos e organizações populares e pastorais sociais. Em muitos casos, o seu apoio foi e é decisivo para a luta, para a vitória da vida. Faz as exigências necessárias para os projetos, mas não as burocratiza nem as excede. O espírito solidário e acolhedor de seus agentes e funcionários faz a diferença. O testemunho de verdadeiro ecumenismo é uma das suas marcas mais relevantes! Parabéns a todos e todas que fazem a CESE! Vida longa!
Eu preciso de recursos para fazer a luta. Somos descendentes de grupos muito criativos, africanos e indígenas. Somos na maioria compostos por mulheres. E a formação em Mobilização de Recursos promovida pela CESE acaba nos dando autonomia, se assim compartilharmos dentro do nosso território.
Nós, do SOS Corpo, mantemos com a CESE uma parceria de longa data. Temos objetivos muito próximos, queremos fortalecer os movimentos sociais porque acreditamos que eles são sujeitos políticos de transformação. Seguiremos juntas. Um grande salve aos 50 anos. Longa vida à CESE
Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: COMUNHÃO! A CESE é uma Família. Repito: uma Família! Nos dois mandatos que estive como presidente da CESE pude experimentar a vivência fraterna e gostosa de uma equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé, histórias de vida, e tão unida pela harmonia criada pelo Espírito de Deus e pelo único desejo de SERVIR aos mais pobres e vulneráveis na conquista e defesa dos seus direitos fundamentais. Louvado seja Deus pelos 50 anos de COMUNHÃO e SERVIÇO da CESE! Gratidão por tudo e para sempre!
Celebrar os 50 anos da CESE é reconhecer uma caminhada cristã dedicada a defesa dos direitos humanos em todas as suas dimensões, comprometida com os segmentos mais vulnerabilizados da população brasileira. E valorizar cada conquista alcançada em cada luta travada na busca da justiça, do direito e da paz. Fazer parte dessa caminhada é um privilégio e motivo de grande alegria poder mais uma vez nos regozijar: “Grande coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres!” (Salmo 126.3)
A CESE foi criada no ano mais violento da Ditadura Militar, quando se institucionalizou a tortura, se intensificaram as prisões arbitrárias, os assassinatos e os desaparecimentos de presos políticos. As igrejas tiveram a coragem de se reunir e criar uma instituição que pudesse ser um testemunho vivo da fé cristã no serviço ao povo brasileiro. Fico muito feliz que a CESE chegue aos 50 anos aperfeiçoando a sua maturidade.
A luta antirracista é o grande mote das nossas ações que tem um dos principais objetivos o enfrentamento ao racismo religioso e a violência, que tem sido crescente no estado do Maranhão. Por tanto, a parceria com a CESE nos proporciona a construção de estratégias políticas e de ações em redes, nos apoia na articulação com parcerias que de fato promovam incidência nas políticas públicas, proposições institucionais de enfrentamento a esse racismo religioso que tem gerado muita violência. A CESE nos desafia na superação do racismo institucional, como o grande vetor de inviabilização e da violência contra as religiões de matrizes africanas.