A notícia do encantamento do Rev. Zwinglio Mota Dias ocorrida hoje 19 de novembro, nos trouxe profunda tristeza. Zwinglio fazia parte de uma geração de teólogos e teólogas que conjugava fé, vida e coerência como poucos sabem fazê-lo. Como nos ensinou em uma palestra proferida por ocasião de uma reunião do FEACT-Brasil “O conceito bíblico de fé nada tem a ver com esta ideia de “acreditar em”, mas implica em confiança, esperança, aposta no futuro”.
A CESE teve o privilégio de beber da sua sabedoria e da sua reflexão teológica em diversos momentos, tanto de formação interna quanto em outros espaços da caminhada ecumênica. Foi amado e admirado por inúmeras pessoas que tiveram o privilégio de tê-lo como pastor.
Neste momento de graves ameaças à nossa democracia e aos Direitos Humanos, Zwinglio se torna semente para fazer germinar a luta contra todas as formas de opressão e morte. Em tempos de discursos de ódio religioso, escutamos sua voz corajosa conclamando a “sermos compassivos e amorosos e cheios de misericórdia no trato das questões que nos separam, pois o Transcendente de todas as manifestações religiosas se ocupa dos humanos com compaixão e amor”.
Pessoas como Zwinglio não morrem, continuam inspirando o mundo com sua força e seu exemplo de vida. Seguiremos em frente em teimosa resistência na reconstrução dos pilares da democracia, do direito, da justiça e da solidariedade.
A CESE se uma à sua família e a todas as pessoas que agradecem a Deus pela vida inspiradora e pelo legado deixado pelo nosso querido Profeta do ecumenismo e do diálogo.
Pra Helivete Bezerra – Presidenta da CESE p/ Diretoria Institucional
Revda. Sônia Mota- Diretora Executiva da CESE
Salvador, 19 de novembro de 2021