Produzido pelo De Olho nos Ruralistas em parceria com a CESE, documentário conta a história de pessoas que vivem ameaçadas no Maranhão

Equipe ouviu seis líderes entre as 114 testemunhas do Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos no Maranhão, o estado mais violento no campo brasileiro

O observatório De Olho nos Ruralistas lançou nesta quinta-feira (19) o documentário SOS Maranhão, produzido em parceria com a CESE. O média-metragem conta a história de seis pessoas que estão no Programa de Proteção a Defensores e Defensoras de Direitos Humanos do estado mais violento no campo brasileiro.

No vídeo, elas relatam o avanço do agronegócio e dos grandes empreendimentos logísticos sobre suas comunidades e falam sobre como é viver sob ameaça.

Ao todo, 114 pessoas estão ameaçadas de morte no Maranhão, incluindo também ambientalistas e camponeses. Entre 2011 e 2020, o estado registrou o maior número de conflitos no campo no país: 1.772 ocorrências, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT). Entre 2020 e 2022, 21 líderes foram assassinados e mais de 30 mil pessoas ameaçadas.

Entre as histórias contadas no filme, está a da Terra Indígena Arariboia, que desde 2000 teve 25 mil dos seus 413 mil hectares desmatados. Fazendeiros e madeireiros pressionam as divisas do território, onde vivem mais de 5 mil Guajajara, além dos indígenas isolados Awá-Guajá. 

A comunidade do Cajueiro, em São Luís, e o quilombo de Santa Rosa dos Pretos, em Itapecuru-Mirim, sofrem a pressão dos grandes projetos como a ampliação do porto de São Luís, que a Cosan pretende retomar em 2024, e as obras de duplicação da BR-135, com obras anunciadas pelo governo federal. 

Leia a reportagem complenta no site do De Olho nos Ruralistas.