[:pb]CESE facilita Oficina de Gênero na IPU Salvador[:]

[:pb]Ao som de “Maria, Maria” de Milton Nascimento, interpretado pela cantora Tita Alves, a Igreja Presbiteriana Unida do Salvador deu início a Roda de Conversa sobre Gênero, nesta terça feira, dia 08 de março. A Igreja, localizada no bairro do Garcia, abriu mais uma vez suas portas para receber a comunidade. Desta vez, a mulheres da região foram convidadas para refletir sobre a diferenciação entre gênero e sexo, e como essas construções/relações sociais são fortemente mediadas por práticas machistas.

Sônia Mota, diretora executiva da CESE, facilitou a roda e trouxe a reflexão sobre o Dia Internacional de Luta da Mulher e as maneiras habituais de proceder neste dia: “Ganhar flores e sair para jantar não resolve os problemas de violência, de falta de oportunidades e de direitos”. Sônia deu exemplos de como homenagens vazias de felicitações ignoram completamente o significado político e histórico da data, comercializando e propagando estereótipos de gênero.

Além do 08 de março, Sônia analisou como o machismo é alimentado por referências patriarcais, que mantêm desequilíbrio estrutural de gênero, com origem na infância, impondo às mulheres posição de desvantagem. “Desde criança, fomos orientados sobre a utilização de brinquedos de menino e de menina, que os homens são chefes da casa e que as mulheres são responsáveis por cuidar do lar e dos filhos. Características aparentemente naturalizadas, mas que deixam marcas profundas.

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Para Lucy Luz, psicopedagoga e colaboradora da IPU Salvador: “A Roda de Diálogo é de extrema importância não só para as mulheres que atendemos na comunidade, mas também para membros e funcionárias da Igreja. Há muitos casos de violência doméstica e muita delas não têm facilidade de tocar no assunto. Por isso, esses momentos são fundamentais para tirar dúvidas e orientá-las para questões que vão desde a denúncia até a não reprodução da violência com os filhos”.

Assim, a roda apresentou a Lei Maria da Penha – Lei nº 11.340/2006 como um dos instrumentos mais importantes para o enfrentamento da violência doméstica e familiar. Entregou também panfletos com endereços e contatos das delegacias especializadas e instituições que formam a Rede de Atendimento às Mulheres em situação de violência. Mas, apesar da seriedade do assunto, o encontro foi encerrado de forma descontraída, com cantoria da música Maria da Penha, interpretada pela cantora Alcione.
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