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Lutar por respeito, promover direitos, impulsionar a autonomia. Esses são alguns dos princípios que guiam a atuação da Associação Beneficente Madre Maria Villac (ABEMAVI), entidade que desde 2009 atua na promoção de Direitos Humanos em Juazeiro do Norte e região, no sul do Ceará. Na busca por enfrentar o machismo e a LGBTfobia do município, a ABEMAVI organizou em setembro do ano passado a Feira Empreendedora da Diversidade e a 7ª Semana da Diversidade de Juazeiro do Norte, eventos que mobilizaram a região do Cariri para dar visibilidade à arte e saberes da população LGBTQIAP+ e contribuir na luta pela sua inclusão.

Uma programação ampla e diversa mobilizou Juazeiro do Norte durante a Semana. O projeto, que contou com o apoio da CESE, atraiu uma multidão de participantes, que se dividiram em workshops, atividades de capacitação, festival cultural, dentre outras iniciativas. “Queremos discutir junto com a sociedade a importância de debater questões e temáticas transversais à bandeira da luta LGBTQIAP+, fortalecendo assim o combate ao preconceito e discriminação. Com isso, a gente conseguiu estabelecer vínculos de integração social e afirmação de identidades LGBTQIAP+, promover a cidadania e os direitos humanos”, afirma Daniela Goulart Schmitt, assessora jurídica voluntária da ABEMAVI.

Daniela é também coordenadora da Feira Empreendedora da Diversidade, uma das principais iniciativas da Semana. A Feira reuniu dez microempreendedores da população LGBTQIAP+ para vender seus produtos, como bijuterias, artesanato e lanches, ao longo das atividades do projeto. “A gente está visando a criação de oportunidades para exposição de produtos para que eles possam gerar renda e se fortalecer. Infelizmente, pelo fato de a população LGBTQIAP+ sofrer muito estigma e preconceito, muitos deles não têm um emprego formal. Então eles terem autonomia e conseguirem gerar renda é de suma importância”, ressalta a coordenadora.

Ela também comemora o sucesso da Feira e diz que eles já foram convidados para expor em outras atividades. “Houve uma aceitação muito boa. Foi uma forma de livre expressão, de mostrar o empoderamento. Quando a gente é convidado para outras atividades é porque a população gostou e viu que dá certo”, ressalta.

Promoção à saúde e consciência social

Outras atividades de destaque da Semana da Diversidade foram o “Fórum Cidadania, Saúde e Prevenção ao HIV junto à população LGBTQIAP+”, que debateu a importância do SUS e do SUAS na criação de políticas públicas para essa população; o workshop “LGBTQIAP+ seu voto tem poder! Vote com Orgulho!”, que conscientizou os participantes sobre a importância do voto, principalmente na eleição presidencial do ano passado; e a entrega da “Comenda Jonathan Kiss”, que homenageia lideranças LGBTQIAP+ do município de Juazeiro do Norte e da região do Cariri. O último dia do evento foi marcado pela 20ª Parada do Orgulho LGBTQIAP+, que reuniu milhares de pessoas nas ruas da cidade para mostrar a luta, arte e resistência desses sujeitos.

Daniela Schmitt faz um balanço muito positivo de todo o evento e percebe o impacto das atividades na vida dos participantes. “É muito bom a gente olhar e perceber que a atividade transformou a vida de alguém. Muitas vezes existem pessoas que só precisam ser impulsionadas, ter uma boa orientação”, comemora. Ela também salienta a importância do apoio da CESE no projeto e destaca que essas experiências também estão sendo levadas a outras entidades e para o Poder Público implementar ações permanentes no município.

 “Foi com essa proposta que a CESE abraçou que a gente conseguiu incluir na agenda da cidade um espaço pra debater a violência, a discriminação, a homofobia, lesbofobia, transfobia e o cuidado da saúde integral e seus resultados na comunidade. Quando a gente consegue levar esses projetos pra frente, a gente vê a contribuição do fortalecimento das ações em prol da população e a ampliação de políticas públicas. Como a gente está no Conselho dos Direitos LGBT de Juazeiro do Norte, a gente também leva essas experiências para outras instituições e para o Poder Público para que assim a gente possa contribuir na tolerância, no respeito, na diversidade e na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva”, finaliza.