O feminicídio político de Marielle Franco foi uma tentativa de silenciar sua atuação pela ocupação democrática de espaços de poder por mulheres negras. O crime, que hoje completa 3 anos, reforça as relações racistas, machistas e desiguais na sociedade brasileira denunciadas na trajetória de Marielle. Um ataque contra a democracia, que feriu as mulheres, o povo negro, LGBTs, moradores/as de periferia e ativistas de direitos humanos. Mas que deixou sementes de resistência, herdeiros/as de luta que não se calarão diante da impunidade, de ondas conservadoras e de regimes autoritários.

Rosana Fernandes, assessora de projetos e formação da CESE destaca: ‘’Para nós, mulheres negras, não há outro caminho: disputar e conquistar o poder, derrubando o racismo, o sexismo e construir um novo modelo de desenvolvimento para o Brasil. Nossa história sempre foi e é de luta e resistência! Desde que nossas antepassadas aqui chegaram buscamos a liberdade, o direito a viver de forma digna, sem exploração dos nossos corpos, sem opressão e discriminação.’’ Seguimos a luta de Marielle e de tantas outras que tombaram: Continuamos em Marcha contra o racismo, a violência e pelo bem viver!