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Dia Nacional do Cerrado é comemorado no dia 11 de setembro. Com uma área de 2.036.448 km², cerca de 22% do território nacional, o Cerrado é considerado o segundo maior bioma da América do Sul e a região de savana com a biodiversidade mais rica do planeta.

A água que sai da sua torneira provavelmente vem do Cerrado

O Cerrado é conhecido como o “berço das águas” ou a “caixa d’água” do continente porque é nesse bioma que nascem as águas que alimentam as grandes bacias hidrográficas da América do Sul. No Brasil, são abastecidas seis das oito grandes bacias hidrográficas: Amazônica, Araguaia/Tocantins, Atlântico Norte/Nordeste, São Francisco, Atlântico Leste e Paraná/Paraguai, incluindo as águas que escoam para o Pantanal. Na bacia do São Francisco, por exemplo, o Cerrado contribui com quase 90% da água para rio.

É no Cerrado, onde estão localizados três dos principais aquíferos do país: Bambuí, Urucuia e Guarani.

A questão hídrica enfrentada em várias regiões do país, como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Goiás, não pode ser enfrentada de forma isolada. A devastação do Cerrado impacta diretamente o abastecimento de água de outras regiões. Esta é mais uma das razões pela qual a proteção do Cerrado é tarefa de todos e todas.

O Cerrado  sofre com o avanço do desmatamento, provocado principalmente pelo setor agropecuário, que já ocupa 40% das terras. Com a falta de políticas ambientais, a pandemia potencializou ainda mais a destruição do Cerrado. Os meses de julho e agosto também foram marcados por constantes queimadas e hoje já somam 12 mil focos de fogo, segundo matéria publicada no portal Brasil de Fato.

Abaixo, a reportagem em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=AHnSXKZNhcA

Missão Ecumênica pelas Águas do Cerrado da Bahia 

SOS Corpo – Página: 31 – Instituto Feminista para Democracia

Em outubro de 2019, a CESE coordenou uma Missão Ecumênica pelas Águas do Cerrado da Bahia: “Das nascentes ao São Francisco, águas para a vida!” . A ação foi uma realização do Fórum Ecumênico ACT Brasil, que além da CESE, contou com a parceria da Comissão Pastoral da Terra-CPT; Instituto Padre André; Coletivo dos Fundos e Fechos de Pasto do Oeste da Bahia; Associação de Advogados/as de Trabalhadores/as Rurais — AATR; Pastoral da Juventude do Meio Popular — PJMP; Pastoral do Meio Ambiente — PMA; Agência 10envolvimento; Movimento de Atingidos por Barragem-MAB; Escola Família Agrícola Pe. André — EFAPA; Movimento de Mulheres Unidas na Caminhada-MMUC; Conselho Indigenista Missionário — CIMI; Campanha Nacional em Defesa do Cerrado: Sem Cerrado, Sem Água, Sem Vida; koinonia — Presença Ecumênica; Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil — CONIC; Fundação de Desenvolvimento Integrado do São Francisco-FUNDIFRAN; Associação Ambientalista Corrente Verde; Processo de Articulação e Diálogo-PAD; ACEFARCA, Articulação no Semiárido Brasileiro — ASA, Cáritas Regional Nordeste3 e Ministério Público da Bahia.

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A ação foi apoiada pelas agências internacionais HEKS/EPER; Christian Aid; Brot für die Welt e Misereor.

“Diante de situações de violações de direitos por Terra, Água e Território que ocorrem na região do Oeste da Bahia o FEACT- Fórum Ecumênico Brasil e um conjunto de organizações parceiras que atuam na região Oeste convocaram igrejas, organismos ecumênicos, agências de cooperação e organizações que atuam na defesa de direitos para uma Missão Ecumênica. Esta é uma experiência que o Fórum vem organizando desde 2015 com o objetivo de dar visibilidade nacional e internacional a situações de violação de direitos, fazer pressão a órgãos públicos na resolução dos conflitos, buscar uma maior aproximação das igrejas à realidade dos povos e a reafirmar o compromisso ecumênico na defesa dos direitos humanos e ambientais. Sonia Mota, diretora executiva da CESE.

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O tema da defesa das águas e das vidas dos povos do Cerrado no oeste baiano teve lugar central na proposta da Missão, realizada na região que abarca as bacias do Corrente e do Grande, que contribuem para o abastecimento do Rio São Francisco na Bahia. Apesar da notória importância, os cursos d’água encontram-se ameaçados pelo agronegócio de monocultura para exportação e agropecuária que assola a região. Acesse a cobertura da missão AQUI.

Websérie(R)Existências no Cerrado

Nos meses de setembro e outubro,  a Coordenadoria Ecumênica do Serviço (CESE), com o apoio de HEKS-EPER, convida você para conhecer histórias de lutas e resistências de pessoas que vivem nos cerrados do Brasil – sim, no plural, porque assim são as gentes e os saberes ancestrais que são guardados e conectados com a biodiversidade do Cerrado.

Semanalmente, por meio dos canais de comunicação da CESE, a websérie “(R)Existências no Cerrado” contará histórias de comunidades e povos que tiveram parte de suas vidas destruídas pelo fogo em seus territórios, mas que encontraram forças para reerguer suas casas, plantar novamente suas roças e reorganizar seu trabalho e atividades do dia-a-dia.

”Os sinais de esperança brotam do chão, das águas e da resistência dos povos do cerrado. A CESE, através da websérie busca denunciar a destruição da sociobiodiversidade  e reafirmar a força e os os direitos dos povos do Cerrado. É necessário  trazer essas histórias para fazer contraponto à mídia convencional, que insiste em criminalizar organizações e movimentos sociais que lutam em defesa deste bioma’’, afirma Sônia Mota, diretora executiva da CESE.

Acompanhe o facebook, youtube e site da CESE para participar dessa prosa sobre os guardiões do berço das águas do nosso país.

Serviço: Websérie (R)Existências no Cerrado Período de veiculação: setembro e outubro de 2020 nos canais de comunicação da CESE e da Campanha Nacional em Defesa do Cerrado 
https://www.youtube.com/cesedireitos
https://www.instagram.com/cesedireitos
https://www.facebook.com/cese1973

Campanha Nacional em Defesa do Cerrado ”Sem Cerrado, Sem Água, Sem Vida”

A Campanha Nacional em Defesa do Cerrado busca valorizar a biodiversidade e as culturas dos povos e comunidades desse bioma, lutando pela sua preservação. A legislação brasileira não garante plena proteção ao Cerrado. Apenas 11% do Cerrado é coberto por reservas ou Unidades de Conservação, comparados com quase 50% da Amazônia.

A Campanha surgiu com o objetivo de alertar a sociedade para os impactos que a destruição do Cerrado causam no Brasil. A Campanha é promovida por 43 organizações, movimentos sociais e entidades religiosas, como a CESE, e iniciou suas atividades em 2016. Acesse o site da campanha aqui https://semcerrado.org.br/

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